quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Robertices






Dramatização dos Alunos do 3º ano do Colégio Monte Flor, do texto A Carochinha, inserido na obra de Luisa Dacosta Robertices

 
Esta Carochinha retirada da obra Robertices é uma versão da história tradicional da Carochinha. Tal como na história tradicional, nesta, a Carochinha também está a tratar das lides domésticas quando encontra uma moeda e se sente uma mulher rica decidindo, então, colocar-se à janela e esperar por um marido.

Esta versão da história é tida como uma espécie de teatro, já que começa com um apresentador que apresenta as aventuras da Carochinha. Em seguida são contadas essas mesmas aventuras, em que a Carochinha encontrou uma moeda a varrer a cozinha e colocou-se na janela esperando por um marido trabalhador que lhe pudesse dar a vida que ela pretendia. Durante a história surgem várias personagens para possíveis maridos da Carochinha: o porco, o cão, o gato e o rato.

Esta versão da história tem uma caraterística muito própria, que é o vocabulário, pouco comum, que usa. 

Aqui ficam alguns sinónimos de palavras usadas para melhor compreensão.

 

  • Folia: divertimento
  • Réis: antiga moeda de Portugal e do Brasil
  • Milheiro: mil unidades
  • Tostões: antiga moeda portuguesa de pouco valor
  • Formosura: beleza
  • Alvoroçada: agitada
  • Cintila: brilha
  • Enjeitar: recusar, rejeitar
  • Atalhando: interrompendo quem fala
  • Inquirições: perguntas
  • Videiro: pessoa que trata cuidadosamente da sua vida
  • Bandulho: barriga
  • Desdenhosa: que trata com desprezo
  • Garbo: forma elegante de se comportar
  • "Chocho melão": sem interesse
  • Galanteador: delicado na tentativa de conquistar uma mulher
  • Cautelosa: cuidadosa
  • Franco: sincero
  • Afoito: corajoso, que age despreocupado
  • "Não fatigo": não canso
  • Flanar: passear
  • Odisseia: viagem longa
  • Trincadeira: comida

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

A casa da Mosca Fosca

 

 A casa da Mosca Fosca é uma adaptação realizada a partir de um conto popular russo. As diferentes personagens introduzem os leitores num atraente jogo de números e tamanhos, rimas, repetições e ritmos, que são elementos próprios da tradição oral. Trata-se de um conto acumulativo que apresenta uma galeria de personagens que convidam ao jogo fonético.

Um conto para ler e contar, que cresce em intensidade a cada página até culminar num final surpreendente.


excertos

Era uma vez a Mosca Fosca que vivia num bosque distante. Farta de zunir, de dar voltas sem parar, decidiu fazer uma casa para morar... Fez um bolo de amoras, cujo cheirinho atraiu sete estranhos animais. Não havia lugar para nem mais um, porém.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

A Maior Flor do Mundo


 

Olá meninos do 4.º ano!



Em sessões de Biblioteca Escolar, com algumas turmas do 4.º ano já tínhamos iniciado a exploração da obra: A Maior Flor do Mundo de José Saramago.

Agora convido todos os alunos do 4.º ano a visualizar a história em vídeo. É só clicar na imagem em cima.

Também podem ler o texto com supressões em baixo.

Para melhor compreensão desta obra irão certamente receber mais alguns desafios através da vossa professora.

Estejam atentos e obrigados pela vossa colaboração

 A Maior Flor do Mundo



As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples… Quem me dera saber escrever essas histórias…

Se eu tivesse aquelas qualidades, poderia contar, com pormenores, uma linda história que um dia inventei seria a mais linda de todas as que se escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas…

Logo na primeira página, sai o menino pelos fundos do quintal, e, de árvore em árvore, como um pintassilgo, desce o rio e depois por ele abaixo…

Em certa altura, chegou ao limite das terras até onde se aventurara sozinho. Dali para diante começava o planeta Marte (…). Dali para diante, para o nosso menino, será só uma pergunta: «Vou ou não vou?» E foi. O rio fazia um desvio grande, afastava-se, e de rio ele estava já um pouco farto, tanto que o via desde que nascera. Resolveu cortar a direito pelos campos, entre extensos olivais, ladeando misteriosas sebes cobertas de campainhas brancas, e outras vezes metendo pelos bosques de altas árvores onde havia clareiras macias sem rasto de gente ou bicho, e ao redor um silêncio que zumbia, e também um calor vegetal, um cheiro de caule fresco.

Ó que feliz ia o menino! Andou, andou, foram rareando as árvores, e agora havia uma charneca rasa, de mato ralo e seco, e no meio dela uma inóspita colina redonda como uma tigela voltada.

Deu-se o menino ao trabalho de subir a encosta, e quando chegou lá acima, que viu ele? Nem a sorte nem a morte, nem as tábuas do destino… Era só uma flor. Mas tão caída, tão murcha, que o menino se achegou, de cansado. E como este menino era especial de história, achou que tinha de salvar a flor. Mas que é da água? Ali, no alto, nem pinga. Cá por baixo, só no rio, e esse que longe estava!...

Não importa.


Desce o menino a montanha, atravessa o mundo todo, chega ao grande rio, com as mãos recolhe quanta de água lá cabia, volta o mundo atravessar, pelo monte se arrasta, três gotas que lá chegaram, bebeu-as a flor com sede. Vinte vezes cá e lá…

Mas a flor aprumada já dava cheiro no ar, e como se fosse uma grande árvore deitava sombra no chão. O menino adormeceu debaixo da flor. Passaram as horas, e os pais, como é costume nestes casos, começaram a afligir-se muito. Saiu toda a família e mais vizinhos à busca do menino perdido. E não o acharam. Correram tudo, já em lágrimas tantas, e era quase sol-pôr quando levantaram os olhos e viram ao longe uma flor enorme que ninguém se lembrava que estivesse ali.

Foram todos de carreira, subiram a colina e deram com o menino adormecido. Sobre ele, resguardando-o do fresco da tarde, estava uma grande pétala perfumada…

José Saramago, A maior flor do mundo

(Texto com supressões)


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domingo, 14 de fevereiro de 2021

O Sapo Apaixonado

 


Clica no título abaixo, a cor, para ver e ouvir a bonita história: O Sapo Apaixonado

 O Sapo Apaixonado 

O Sapo Apaixonado anda preocupado com a saúde: tem o coração a bater depressa demais. A Lebre diz que ele deve estar apaixonado - mas por quem?

O autor desta encantadora história de amor é Max Velthuijs, artista holandês de reputação internacional, cujos livros têm sido publicados no mundo inteiro. 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Concurso Nacional de Leitura

 


Olá meninos!

Vamos regressar às nossas sessões com a biblioteca escolar, agora de forma online.

A Fase Escolar do Concurso Nacional de Leitura vai realizar-se como estava previsto na semana de 8 a 12 de fevereiro.

Os alunos inscritos vão realizar a prova online.

A biblioteca vai enviar a prova através das professoras da turma.

Os alunos respondem ao questionário e no final é só clicar em submeter.

Certamente já todos se prepararam e já leram a obra: A Princesa da Chuva.

Vai ser um desafio fácil de realizar e até vão achar divertido!

Aqui podem consultar a lista dos alunos inscritos.




Alunos Inscritos no Concurso Nacional de Leitura 2021 – 1.º Ciclo

Fase Escolar

Escola Básica de Friestas

Turma A

Antónia Paço do Nascimento

Jonhatan Martins Ferreira

Manuel José Gomes Rodrigues

Turma B

Beatriz Barbosa Enes Capeio 

Carlota Gonçalves Vilarinho Esteves

Diogo Sebastião Pereira Esteves

Dora Isabel Martins Ribas

Gonçalo Rodrigues Lima

Gonçalo Valentim Conde

Leonor Ferreira da Silva

Leonor Pinto Gonçalves

Luana Filipa Rodrigues da Silva

Sara Cardoso Rossio

 

Escola Básica de Pedreira

Turma B

Ana Leonor Dias Loureiro

Carlota Pestana Trindade Brandão

João Pedro Araújo Domingues

Pedro Barbeitos Esteves

Rita Gil Oliveira

Rodrigo da Mata Mourão 

Tiago Filipe Costa Trancoso

Tiago Martins Araújo

 

EB de Valença

Turma – 4.º H

Ana Rita Faria Tavares 

Gabriel Barros Fernandes

João Afonso Rodrigues Cunha

Mariana Rodrigues Dantas

Matilde Rodrigues Duarte

Miguel Franco Silva

Simão Sousa Monteiro

Tomás Campos  Pinto

Joel Alexandre Gonçalves Alonso

 

Turma – 4.º I

Inês Beatriz Pinto Creio

Matilde Gomes do Rosário

Miguel António Ávida Poço Pereira Nunes

 

Turma – 3.º E

Duarte Pacheco Lourenço

Eva Geraldes Meixeiro 

Gustavo Alves Caraux

Matheus Gonçalves Pacheco

Nádia Alexandra Pires Coimbra

Sofia dos Santos Luz

domingo, 31 de janeiro de 2021

Dia ao Contrário

 

Canção do Dia ao Contrário (31 de janeiro)


Imagina, imagina

um belo Dia ao Contrário

com a aventura no ar

e a chatice no armário.

 

Imagina, imagina

o amor em boa hora

numa dança breve à espera

que o rancor se vá embora.

 

Imagina, imagina

em vez dum esgar franzido

uns olhos de mar sem sombra

e um riso de quebrar vidros.

 

Imagina, imagina

um vírus já derrotado

e uns meninos a abraçar-se

no verde-claro de um prado.

 

Imagina, imagina

um belo Dia ao Contrário,

talvez de livrar uns peixes

da prisão dum aquário.

 

Imagina, imagina

o sol-pôr da caridade,

o pão na mesa de todos

e o trabalho necessário.

 

Imagina, imagina

a justiça e a verdade

e em vez do escuro ódio

o caminho da igualdade.

 

Imagina, imagina

o fim dum turvo cenário

com um sol benévolo a abrir-se

num belo Dia ao Contrário.

 

João Pedro Mésseder 

Escola Amiga da Criança

 

 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

A Abóbora Menina

Lê o conto: A Abóbora Menina de Maria Teresa Lopes

 Brotara do solo fecundo de um quintal enorme, de uma semente que mestre Crisolindo comprara na venda. Despontava por entre uns pés de couve e mais algumas abóboras, umas suas irmãs, outras suas parentes mais afastadas.

Tratada com o devido esmero, adubada à maneira, depressa cresceu e se tornou em bela moçoila, roliça e corada.

Os dias corriam serenos. Enquanto o sol brilhava, tudo era calma naquele quintal. Sombra dos pés de couve, rega a horas devidas, nada parecia faltar para que todos fossem felizes.

 As suas conversas eram banais: falavam do tempo, de mestre Crisolindo e nunca, mas nunca, do futuro que os aguardava.

Mas Abóbora Menina, em vez de se dar por satisfeita com a vida que lhe havia sido reservada, vivia entristecida e os seus dias e as suas noites eram passados a suspirar.

 Desde muito cedo que a sua atenção se virara para as borboletas de cores mil que bailavam sobre o quintal. E sempre que alguma pousava perto de si, a conversa não era outra se não esta:

―Dizei-me, menina borboleta, como fazeis para voar?

 ―Ora, menina abóbora, que quereis que vos diga? Primeiro fui ovo quase invisível, depois fui crisálida e depois, olhe, depois alguém me pôs estas asas e assim voei.

―Como eu queria ser como vós e poder sair daqui, ver outros quintais.

 ―Que me conste, vós fostes semente e vosso berço jaz debaixo desta terra negra e quente. Nunca por aí andámos, minhas irmãs e eu.

A borboleta levantava voo e Abóbora Menina suspirava. E suspirava. E de nada serviam os consolos de suas irmãs, nem o consolo dos pés de couve, nem o consolo dos pés de alface que cresciam ali perto e que todas as conversas ouviam.

 Certo dia passou por aqueles lados uma borboleta mais viajada e foi pousar mesmo em cima da abóbora. De novo a mesma conversa, os mesmos suspiros.

 Tanta pena causou a abóbora à borboleta, que esta acabou por lhe confessar:

―Já que tamanho é vosso desejo de voar e dado que asas nunca Edições ArcosOnline.com, Histórias Que Acabam Aqui 6 podereis vir a ter, só vos resta uma solução: deixai-vos levar pelo vento sul, que não tarda nada aí estará.

―Mas como? Não vedes que sou roliça? Não vedes que tenho engordado desde que deixei de ser semente?

E a borboleta explicou à Abóbora Menina o que ela devia fazer.

A única solução seria cortar com o forte laço que a ligava àquela terra-mãe e deixar-se levar pelo vento.

Ele não tardaria, pois umas nuvens suas conhecidas assim lhe haviam garantido. Mais adiantou a borboleta que daria uma palavrinha ao tal vento, por sinal seu amigo e aconselhou todos os outros habitantes do quintal a segurarem-se bem quando ele chegasse.

 Ninguém gostou da ideia à exceção da nossa menina.

―Vamos perder-te! ― lamentavam-se as irmãs.

―Nunca mais te veremos. ― sussurravam os pés de alface.

―Acabarás por mirrar se te desprendes do solo que te deu sustento.

Mas a abóbora nada mais queria ouvir. E logo nessa noite, quando todos dormiam, Abóbora Menina tanto se rebolou no chão, tantos esticões deu ao cordão que lhe dera vida, que acabou por se soltar e assim permaneceu, liberta, aguardando o vento sul com todos os sonhos que uma abóbora ainda menina pode ter na sua cabeça.

 Não esperou muito, a Abóbora Menina. Dois dias passados, logo pela manhãzinha, o vento chegou. E com tal força, que a todos surpreendeu.

 Mestre Crisolindo pegou na enxada e resguardou-se em casa. As flores e as hortaliças, já prevenidas, agarraram-se ainda mais à terra.

Só a abóbora se alegrou e, peito rosado aberto à tempestade, aguardou paciente a sorte que a esperava.

Quando um remoinho de vento pegou nela e a ergueu nos ares, qual balão liberto das mãos de um menino, não sentiu nem medo, nem pena de partir.

―Adeus, minhas irmãs!... Adeus, meus companheiros!...

―Até... um... dia!...

E voou direitinha ao céu sem fim!...

Para onde seguiu? Ninguém sabe.

 Onde foi parar? Ninguém imagina.

 Mas todos sabem, naquele quintal, que dali partiu, numa bela tarde de vento, a abóbora menina mais feliz que algum dia poderá haver.

 Edições ArcosOnline.com, Histórias Que Acabam Aqui.

Texto: Maria Teresa Lopes

sábado, 16 de janeiro de 2021

A Girafa que Comia Estrelas

No âmbito da Educação Literária, com os alunos do 2.º ano, da EB de Pedreira e Friestas foi lida e explorada a obra: 

A Girafa que Comia Estrelas de José Eduardo Agualusa.

Na aula, os alunos realizaram atividades de escrita e ilustração relativas a esta bonita história. 












A escola



Na minha escola sou feliz

Com todos vou brincar.

Somos todos muito amigos

Sempre prontos a ajudar.

 

Com o professor Afonso a ensinar

Todos vamos aprender.

Somos todos muito amigos

Ninguém nos vai vencer.

 

Na cantina, ao almoço

Petiscos vamos ter

Comida saborosa

Que nos ajuda a crescer!

 

Aos nossos auxiliares

Obrigada de coração

Por manter a escola limpa

Com tanta desinfeção.

 

E para terminar

Esta quadra tão bonita

Um beijinho pequenino

Da menina Ana Rita.

 

Ana Rita – EB de Valença, 4.º H

 



domingo, 3 de janeiro de 2021

Concurso Nacional de Leitura 2021

 

Datas e Obras a Concurso

 Inscrição dos alunos Até 15 de janeiro de 2021.

Fase a nível de escola Realiza-se na escola, entre os dias 8 e 12 de fevereiro.

Fase intermunicipal Realiza-se à distância (online), a partir de Ponte de Lima, no dia 9 de abril de 2021

Em Valença, as provas decorrem na Biblioteca Municipal.

Fase nacional 5 de junho de 2021, com prova escrita de pré-seleção online a 19 de maio.

 Fase Escolar

Objetivo

Estimular o gosto e o prazer da leitura para melhorar o domínio da língua portuguesa, a compreensão e os hábitos de leitura.

 Destinatários

A participação no concurso está aberta aos alunos do 1.º, 2.º e 3.º ciclos.

 Calendário                                                                                 

As inscrições dos alunos estão abertas até ao dia 15 de janeiro de 2021.

A prova de seleção, com uma duração de 45 minutos, realiza-se na escola, entre os dias 8 e 12 de fevereiro.

A divulgação dos resultados será realizada no dia 22 de fevereiro.

Normas de participação

Os alunos têm que ler a obra indicada para o seu nível de ensino.

Os concorrentes são selecionados mediante a realização de uma prova de leitura.

Caso faltem, não podem realizar a prova noutra data.


Obras Selecionadas a Nível de Escola

1.º Ciclo: A Princesa da Chuva, de Luísa Ducla Soares

2.º Ciclo: A Viúva e o Papagaio, de Virginia Woolf

3º Ciclo: A admirável história de Greta Thunberg,
                 de Valentina Camerini.