No âmbito da
Educação Literária, com 4 turmas do 4.º ano, a Biblioteca Escolar, aplicou em
sala de aula, um roteiro de leitura da obra: O beijo da palavrinha de
Mia Couto.
1 – Na
pré-leitura, cada aluno leu um pequeno excerto da obra que lhe foi distribuído,
em conjunto, os alunos preencheram uma grelha onde teriam que colocar: Personagens, Espaço e Ações/Acontecimentos.
2 – Leitura
individual e partilhada da obra.
3 – Durante a
leitura os alunos preencheram a grelha: Organizadores gráficos, onde teriam que
mencionar: Situação inicial, Complicações e Soluções.
4 – Depois da
leitura, os alunos escreveram um resumo da obra a partir da seleção e
escrita de 10 palavras importantes.
Antigamente, numa aldeia do interior, vivia
uma família pobre.
Um dia a filha chamada Maria Poeirinha
ficou muito doente. Ela estava vizinha da morte. Maria Poeirinha tinha um irmão
chamado Zeca Zonzo que tinha falta de juízo e era maluquinho. Um dia, o tio
Jaime Litorânio chegou à aldeia. Ele estava preocupado com a família. Então
disse para levarem a Maria ao mar. Mas a mãe de Poeirinha disse que naquele
estado a Maria Poeirinha não podia fazer viagem. O Zeca Zonzo foi buscar um
lápis e um papel, sentou-se ao lado dela e escreveu a palavra mar com letra
gorda. Ele perguntou a Maria qual era a primeira letra, ela respondeu “m”. A
segunda era um “a” e a última era um “r”. O tio disse para todos se calarem
porque já se escutava o marulhar. A Maria Poeirinha não aguentou. A mãe, o tio
e o Zeca só viam uma gaivota branca a voar para o céu. O Zeca ainda hoje vê a
foto da Maria Poeirinha e diz que ela foi beijada pelo mar e afogou-se numa
palavrinha.
O beijo da palavrinha
Maria Poeirinha vivia numa aldeia muito do
interior, sua família era pobre, ela tinha um irmão Zeca Zonzo e tinha sonhos
pequenos.
Uma vez foi à aldeia o tio Jaime Litorânio
que disse que eles estavam assim porque nunca viram o mar.
Um dia Maria Poeirinha adoeceu gravemente e
o tio Jaime dizia para metê-la no barco que a corrente a levava em salvadora
viagem. Mas ela não podia fazer viagem porque só ficaria pior. Então Zeca Zonzo
teve uma ideia, pegou numa folha e escreveu a palavra mar. Foi ter com
Poeirinha, pegou no dedo dela, passou por cima das letras da palavra mar e
Poeirinha pensou nas ondas, nas gaivotas e nas rochas. Parecia funcionar mas
por fim ela faleceu.
Hugo Nunes – EB
de Valença, turma G
O beijo da palavrinha
Era uma vez uma menina chamada
Maria Poeirinha, a sua família era pobre. O irmão Zeca Zonzo não tinha juízo.
Eles viviam numa aldeia do interior.
Um dia a menina adoeceu
gravemente, a mãe não sabia o que fazer.
Certo dia chegou à aldeia o tio
Jaime Litorânio, ele disse que aquela família tinha falta de maresia. Teriam de
levar a menina à costa. Eles tentaram meter a menina no barco que iria pela
corrente mas a menina não podia viajar porque estava muito doente.
A menina ficou pálida e
respirava com dificuldade. Então o irmão Zeca Zonzo foi junto de Maria
Poeirinha, pegou numa folha e rabiscou a palavra “mar” com letras gordas, pegou
na mão da irmã e conduziu o dedo dela por cima das letras.
O “m” eram as ondas parecidas
com as do rio.
O “a” era a gaivota
enrodilhada.
O “r” era a rocha do mar.
Uns dias depois, a menina foi
engolida pelo mar e afogou-se numa palavrinha.
Valentim Gonçalves – EB de Friestas, turma B
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