quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Roteiro de Leitura Orientada - O Beijo da Palavrinha



Resultado de imagem para capa do livro o beijo da palavrinha

No âmbito da Educação Literária, com as turmas do 4.º ano, foi lida a obra “O Beijo da Palavrinha” de Mia Couto.  Para exploração desta história foi aplicado um Roteiro de Leitura Orientada com diversas tarefas para os alunos realizarem.
Aqui se pode ler e visualizar o resultado das atividades desenvolvidas pelos alunos num trabalho de colaboração entre a biblioteca e a sala de aula.



O Beijo da Palavrinha

Era uma vez uma menina que nunca viu o mar. O mar é aquele azul que é uma onda de tecido líquido e volumoso. Ela tinha um irmão muito esquecido chamado Zeca Zonzo. As suas ideias voavam como uma espécie de borboletas ameaçadas que tentavam dar continuidade à espécie. Então, a menina, o irmão e a mãe tiveram uma visita de alguém especial, o tio Jaime Litorânio. Ele ficou chocado com a falta de maresia que aquela família tinha. Ele atribuía alguns defeitos do Zeca Zonzo à falta de mar.
 Um dia a menina ficou branca como uma boneca de porcelana, então o tio tentou que a corrente a levasse até à costa, mas ela estava muito fraca e não iria suportar a viagem. Decidiram levar a menina para casa e a mãe cantou as velhas melodias de embalar mas nada resolveu.
 Zeca Zonzo apareceu e tentou mostrar o mar à irmã.
Todos pensavam que Zeca iria azular o papel cheio de vida. Mas ele escreveu mar.
Então cada letra era feita de algo diferente, o “m” era feito de ondas, o “a” era uma gaivota pousada nela própria e o “r” era uma rocha dura e grossa. Então o tio Jaime Litorânio pediu à família que o silêncio caísse entre eles porque já se ouvia o marulhar. Zeca Zonzo apesar do tempo passado, nunca esqueceu a sua irmã que se afogou numa palavrinha que ganhou forma vida e cor.

João Paulo Esteves - 4.º ano - EB de Valença

Numa aldeia do interior muito pobre viviam lá dois irmãos, Maria Poeirinha e Zeca Zonzo com a sua família.
Certo dia chegou à aldeia o tio Jaime Litorânio que pensava que Maria Poeirinha estava doente por causa de falta de maresia. O tio Jaime pensou bem e disse que era melhor  metê-la num barco para ela ir ver o mar mas o tempo passou, a menina adoeceu gravemente e não foi possível levá-la ao mar.
O seu irmão Zeca Zonzo que era desprovido de juízo foi buscar um papel e um lápis e rabiscou
com letra gorda a palavra mar, mas Poeirinha não conseguia ler. O irmão pegou no dedo dela e passou por cima das letras mas Poeirinha não sentia, então o irmão pegou no dedo dela e soprou. Passou outra vez o dedo por cima das letras e Poeirinha sentiu cada letra à sua maneira.
Mais tarde, o irmão dizia:
-Eis minha mana Poeirinha que foi beijada pelo mar e se afogou numa palavrinha.

Carolina Berger – 4.º ano – EB de Valença

Sem comentários:

Enviar um comentário