No âmbito da Educação Literária, num trabalho articulado entre a biblioteca e a sala de aula, com as turmas do 4.º ano, foi elaborado e aplicado um Roteiro de Leitura Orientada relativo à obra: A Maior Flor do Mundo.
Foram várias e diversificadas as atividades realizadas, quer de Pré- leitura, Durante a Leitura e Após a Leitura.
Aqui ficam publicados algumas das tarefas propostas e que os alunos realizaram.
Pré-Leitura
Pistas de imagens/legendas
Trabalho em Plenário
A professora bibliotecária, apresenta à turma,
cinco ilustrações da obra e cinco legendas relativas às ilustrações e convida
os alunos a colocar cada legenda junto da respetiva ilustração.
De seguida, os alunos terão que ordenar as
ilustrações já legendadas por sequência dos acontecimentos.
Depois da Leitura
Escrita
recontada
Trabalho
individual e conjunto
O escritor José Saramago termina a sua obra dizendo:
"Quem sabe se um dia virei a ler esta história, escrita por ti que me lês,
mas muito mais bonita?..."
Então, partindo da citação de José Saramago, é
proposto aos alunos escrever essa bonita história.
Ilustrações
criativas
Trabalho
individual e conjunto
Cada aluno colocar-se-á no papel de ilustrador e
criará uma nova ilustração para a capa do livro: A Maior Flor do Mundo.
Por fim será elaborada, pela turma, uma ilustração
em tamanho grande, utilizando diversos materiais, a fim de ser exposta na escola,
durante a Semana da Leitura.
A Maior Flor do Mundo
Numa
manhã primaveril, com um sorriso no rosto, o menino, para brincar, saiu pelas
traseiras da casa. Era simpático, livre e brincava como um passarinho, sem
receio.
Um
dia, avançou o muro do seu quintal e desceu até um pequeno rio de águas
límpidas. Nunca o tinha atravessado. Ficou indeciso, não sabia se devia ou não
atravessar, mas foi.
Caminhou
e correu, até que chegou a um terreno sem árvores, era um terreno descuidado.
Havia uma colina que parecia uma tigela voltada. Subiu-a com bastante dificuldade
e o que encontrou lá? Nada. Só uma flor murcha. Estava tão, tão seca que o
menino a quis salvar. Mas onde havia água? Lá, não chovia, o rio estava muito
longe. Não faz mal.
Percorreu
aquele caminho mil e uma vezes, e quando chegava, como transportava a água na
concha das mãos, só restavam três minúsculas gotas.
A
flor foi crescendo, cada vez mais, até parecer uma grande árvore. O menino
adormeceu debaixo dela e, como por magia, uma colorida e perfumada pétala caiu
sobre o menino, aconchegando-o.
Os
pais, preocupados, saíram à procura dele. Ergueram o olhar e viram uma enorme
flor. Seguiram-na. Subiram a colina e encontraram o seu filho adormecido.
Levaram-no
para casa e quando passava pelas ruas da aldeia, as pessoas diziam que ele
tinha feito uma coisa muito maior do que todos os tamanhos.
Leonor
Saraiva-E B de Friestas - 4.º ano
A Maior
Flor do Mundo
Numa bela tarde de primavera, os pássaros cantavam
suavemente e o sol brilhava muito quando um menino saiu de casa e foi para o
muro de pedra do quintal. Como tinha muita vontade de explorar tudo á sua
volta, saltou o muro. Do outro lado havia um belo rio de águas límpidas e
cristalinas e disse para si, vou ou não vou. Atravessou-o e viu uma grande
floresta de árvores enormes e arbustos verdes.
Andou, até chegar a uma colina de mato muito
denso.
No cume estava plantada uma flor murcha, que precisava muito de água.
O
menino foi buscar água ao rio mas teve de passar a floresta toda. Transportava
a água na concha das mãos e só chegava á flor três gotas de cada vez. Mil vezes
para lá e para cá, o sangue escorria-lhe pelos pés descalços.
A flor
foi crescendo e quando o menino se
cansou, deitou-se no chão e adormeceu. A flor deixou cair uma pétala colorida e
brilhante por cima dele para o aquecer.
Lá na aldeia, os pais, os vizinhos e os amigos
estavam muito preocupados e decidiram ir procurá-lo. Fizeram o percurso inicial
do menino e encontraram-no deitado no chão, coberto por uma pétala duma flor
que ninguém se lembrava que existia. Este menino foi levado para casa com todo
o respeito e todos diziam que ele tinha feito uma coisa incrível e maior do que
o seu tamanho.
Martim Serra - E B de
Friestas - 4.º ano
A
Maior Flor do Mundo
Era uma vez um senhor chamado José Saramago
que não sabia escrever histórias para crianças porque não sabia escrever com
palavras simples.
Havia um menino que vivia no campo, junto
dos seus pais, a casa era pequena e não havia muito espaço.
O menino andava a brincar com um
pintassilgo no jardim, o pintassilgo fugiu e o menino foi atrás dele. Ele subiu
umas escadas e descobriu um caminho por onde nunca tinha passado. Foi caminhando
entre arbustos e encontrou um rio mas não sabia como atravessá-lo, por isso
decidiu saltar e conseguiu.
O menino foi andando e encontrou uma grande
montanha que escalou sem parar e viu que estava lá uma bonita flor mas murcha.
O menino ficou muito triste pela flor mas lembrou-se do rio que tinha visto
antes e foi lá buscar água, com as suas mãos, para a flor. Cada vez que ele
levava água à flor, ela ia crescendo, cada vez mais. De cansado, o menino adormeceu debaixo da
flor. Para o menino não ter frio, a flor deixou cair uma pétala para o tapar.
Os pais, preocupados, foram procurar o
menino e encontraram-no a dormir na erva.
Eles ficaram espantados com a flor, por ser
tão grande. Felizes voltaram para a aldeia, para junto dos habitantes e todos
diziam que ele tinha feito uma coisa maior que o seu tamanho.
Beatriz
Carolino - E B de Valença - 4.º ano, turma G
A
Maior Flor do Mundo
Num dia de sol, um menino estava a brincar
sozinho. A certa altura, reparou que à frente dele estava um rio que separava a
sua bela terra de uma floresta rodeada de raios solares. O menino estava
indeciso e só perguntava a si mesmo se ia ou não.
Até que decidiu arriscar, percorrendo
trilhos, até um sítio que desconhecia. Depois de algum tempo a explorar o
local, ele encontrou uma flor murcha quase a morrer. Pensando bem no que iria
fazer, ele decidiu ir buscar água ao rio, no concavo das mãos. Quando chegou,
ele repartiu a água por toda a parte da planta, deixando-a assim muito grande e
bonita.
O menino cansado deitou-se à beira da flor
e ela agradecida deixou cair uma pétala perfumada.
Já estava noite quando os pais preocupados
foram à procura dele, até que depois de algum tempo chegaram e encontraram-no
deitado à beira da flor enorme. Depois de o levarem para casa, toda a gente da
aldeia reparou na flor e souberam que este menino fez um ato muito bonito em
ajudar a flor.
Barbara - E B de Valença - 4.º ano, turma G
A
Maior Flor do Mundo
Numa aldeia vivia um herói com os seus
pais.
Logo no início, o menino saiu pelo quintal,
salta de árvore em árvore como um pintassilgo, desceu o rio numa lenta
brincadeira.
A certa altura chegou ao limite das terras
até onde conhecia.
O rio dava curvas e voltas, até que o
menino se cansou e virou a direito. Passou por extensos olivais, campainhas
brancas, etc. Mas antes parou e perguntou: Vou ou não vou?
O
nosso menino subiu uma montanha e quando chegou ao cume encontrou uma flor
murcha, mesmo muito murcha. Ele decidiu ajudá-la. "Mas onde estava a
água?"
Teve que descer até ao rio e fazer muitas
viagens porque só chegavam até lá três pingas de água. Até que o menino
adormeceu debaixo da flor, de cansaço.
A flor, para lhe agradecer deixou cair uma
pétala em cima dele para o proteger do fresco da tarde.
Pouco tempo depois, os pais, que andavam à
procura dele, encontraram-no. Ele foi levado para casa. Quando andava pelas
ruas, as pessoas diziam que ele saiu da aldeia para fazer algo maior que o seu
tamanho, maior que todos os tamanhos. Tinha salvo uma planta de morrer à sede.
Íris
Páris - E B de Valença - 4.º ano, turma H
A
Maior Flor do Mundo
Um
menino, estava no fundo do quintal, começou a saltar como sempre, de
árvore em árvore, foi até um rio, ali perto e aí perguntou: "Vou ou não
vou? Porque, a partir dali, ele nunca tinha estado.
Lá havia uma grande floresta com cheiro a
caule sangrado.
Por perto, encontrou uma flor murcha. O
menino teve pena dela e foi ao rio buscar água que levava na mão. Mas quando lá
chegava, ao sítio da flor, apenas sobravam gotinhas. Porém, pouco a pouco, a
flor foi crescendo e ficou muito grande.
O menino, já cansado adormeceu debaixo da
flor. Esta, para devolver o favor, deixou cair uma pétala para aconchegar o
menino.
Enquanto isso tudo, os pais do menino
estavam muito preocupados. Procuraram-no
em todo o lado mas não aparecia.
Quando o encontraram, ele estava ao lado da
flor a dormir.
A partir desse dia, na sua aldeia, todos
diziam que ele fez uma coisa muito maior do que o seu tamanho.
Martim
Sousa - E B de Valença - 4.º ano, turma H
A Maior Flor do Mundo
Era uma vez um menino chamado Pedro. Um dia, ele fugiu pelas traseiras do quintal.
Andou… Andou…, até que
encontrou um rio e disse: "Vou ou não vou?" E foi!
Algum tempo depois viu
uma montanha e uma flor murcha. Ele teve pena e foi ajudar a flor, mas o rio
estava longe. Ele foi buscar água, mais de vinte vezes, andou para lá e para
cá.
A flor começou a crescer
e, enquanto o Pedro lhe dava água, mais ela crescia.
No regresso, mais
parecia um desfile e toda a gente da aldeia comentava o gesto do menino Pedro.
Caetana
Covas - E B de Valença - 4.º ano, turma I
A
Maior Flor do Mundo
Era uma vez um menino
que fugiu de casa, pelas traseiras. Andou…, andou… e como tinha medo pensou:
"Vou ou não vou?"
E foi! chegou a uma
colina e viu uma flor muito murcha. Então, foi procurar um rio. Pegou, com a
concha da mão, água e levou-a até à flor.
Mas, quando chegou lá,
só tinha três gotas, mas ainda conseguiu.
A flor cresceu! E o
menino adormeceu debaixo dela. Então a flor deixou cair uma pétala com as cores
do arco-íris por cima dele.
Quando o pai e a mãe se
aperceberam da sua falta, foram à procura do menino. Viram-no deitado, a dormir
e a flor muito grande e bonita. Levaram-no para casa.
Quando as pessoas da
aldeia viram o menino, perceberam logo que ele tinha feito algo fantástico.
Desde esse momento, as
pessoas só comentavam a grande aventura do menino.
Inês Carmo - E B de Valença - 4.º ano, turma I
Friestas, 14 de março 2017
Olá
querida amiga flor!
Está
tudo bem contigo? Precisas de mais água? Precisas de mais terra?
Espero que ainda consigas perfumar o ambiente
da tua pequena e inclinada colina. Estou muito agradecido pelo que fizeste por
mim, essa tua pétala era esplêndida, tinha uma fragrância maravilhosa e todas as
vivas cores do arco-íris. A melhor pétala que já vi na minha vida.
Quanto
a mim, fui levado de novo para a minha pequena e humilde aldeia. Quando
acordei, os meus pais deram-me um enorme abraço.
A
partir desse dia fui tratado como um rei, por todos, sobretudo pelos meus pais.
Não
fiques triste. Não fiques triste. Na próxima semana voltarei e levar-te-ei, num
cântaro, água fresca do rio e podemos falar sobre nós.
Beijinhos
do menino que te salvou a maravilhosa vida.
Manuel
Érica Fernandes - E B de Friestas - 4.º ano
Friestas , 21 de março 2017
Olá querido amigo Manuel!
Como está a correr a escola, as notas estão
boas?
Como estás?
Quando o inverno chegou as minhas pétalas
caíram lentamente, fiquei nua e cheia de frio , o meu caule ficou congelado com
o gelo que caía das enormes nuvens . Mas finalmente esse pesadelo horrível
passou! A primavera chegou e as pétalas cresceram novamente e ficaram ainda
mais resistentes, perfumadas e coloridas e o meu caule ficou muitíssimo verde,
parece uma pedra preciosa. Agora já sei que posso contar contigo nas minhas
dificuldades! És o meu melhor amigo, fantástico e bonito, nunca te esquecerei.
Beijinho da tua melhor amiga flor!
Leonor
Santos -E B de Friestas - 4.º ano
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